DIÁRIO DE BORDO
Por: Andreas Braun – Fundação Honorina Valente
Porto Amazonas > Palmeira > São João do Triunfo > São Mateus do Sul – 11 e 12 de novembro de 2006
Deslocamento aproximado:
Percurso de carro: 72 km. (Curitiba – Porto Amazonas).
Percurso de barco: 155 Km.
Percurso de ônibus: 80 km. (São Mateus do Sul – Porto Amazonas).
Percurso de carro: 72 km. (Porto Amazonas – Curitiba).
Saída: Porto Amazonas: 07.45 horas – concentração da equipe envolvida, deslocamento até local de embarque (transferido para o ponto de travessia da balsa), 9 km abaixo, perto do Porto Velho, pois o nível do Rio Iguaçu encontrava-se muito baixo.
Partida com destino a Vila Palmira: 08.45 hs. Passamos pela região do Porto Velho, Estância São Rafael, Areal Scheremetta e Perau do Corvo. Parada para a coleta de amostras (IAP), e para um lanche reforçado. Na seqüência, percurso até Iate Clube de Palmeira (coleta IAP), balsa para Cantagalo (parada rápida), reparos no cardan do barco (após colisão com rochas) e coleta IAP a montante de Vila Palmira.
Chegada a Vila Palmira, aproximadamente 18.00 horas, local do acampamento.
Instalação do acampamento junto à equipe de apoio, que nos aguardava. Todo o material (barracas e outras tralhas pessoais) foi transportado até o local em ônibus cedido pela Prefeitura Municipal de Porto Amazonas. Fomos muito bem recebidos. Foi servido um excelente jantar (uma charqueada, preparada pelo sr. Otávio ainda no barco, durante a viagem, com acompanhamento e costela assada no fogo de chão pelo pessoal de São Mateus), isto ao som de música regionalista (acordeon e pandeiro), regado com muita água mineral.
Durante a confraternização, recebemos a visita do prefeito de Porto Amazonas (Miguel Tadeu Sokulski), que ouviu uma rápida palestra (do Presidente do Conselho de Turismo de São Mateus do Sul) sobre a atual situação do Rio Iguaçu, que aos poucos está morrendo; “é muito triste”, como bem falou o “seu Otavinho”, morador há mais 40 anos na região, em entrevista à RPC (matéria apresentada em 13/11, no Jornal do Meio Dia).
Finalmente, hora de descansar um pouco, com direito a “céu de brigadeiro” e chuva de meteoritos…
Nascer do sol em Vila Palmira. Linda paisagem às margens do Rio Iguaçu. Bom para espantar o frio que fez durante a noite. Hora de desmontar o acampamento, guardar a bagagem no ônibus, tomar um café reforçado e se preparar para o segundo dia da expedição.
Partida com destino a São Mateus do Sul: 8.46 horas. Coleta IAP à jusante de Vila Palmira. Neste trecho foram observadas várias nuvens de mandins (revoada de insetos), um espetáculo que chamou a atenção de todos. Foram observados também aves como biguás, garças, alguns falconídeos, colhereiros, capivaras, serelepes e outros. Coleta IAP balsa (Água Azul). Neste trecho foram observadas áreas contínuas de mata ciliar preservada. Parada para almoço no meio do Rio, com direito a churrasco na brasa, preparados pelo sr. Otávio e pelo companheiro de expedição Adauto (secretário de meio ambiente de Porto Amazonas). Seguindo a viagem, mais uma parada para coleta de amostras (IAP). Às 16.00 horas, acabamos encalhados de fato no leito do rio (o barco ficou engatado em algumas rochas), o nível do rio está muito baixo e esta possibilidade realmente existia. Já havíamos escapado de muitos bancos de areia e batido em pedras. Após 40 minutos, com a ajuda de todos e principalmente da excepcional tripulação do barco, conseguimos seguir viagem.
Nova coleta do IAP a montante de São Mateus do Sul.
Chegada a São Mateus do Sul: 17:30 horas, no cais da praça da cidade. Última coleta (IAP), a jusante de São Mateus, 2 km rio abaixo.
Confraternização e comemoração do sucesso da expedição. Desmembramento da equipe de trabalho.
Partida de São Mateus do Sul, com destino a Porto Amazonas, aproximadamente 19.30 horas.
Chegada a Porto Amazonas: 21.30 horas